A felicidade.com leite de pedras
Gilvaldo Quinzeiro
A felicidade está mais no que se fala sobre ela, do que se pode ser de fato feliz. Não que esta nunca tenha "batido a nossa porta", mas é o jeito de se colocar a mão sobre ela que a estraga como se fora leite. Porém, para quem tem muita paciência e discernimento se pode aproveitá-la na condição de coalhada!
Ora, se a felicidade é da ordem do “dizer”, por que então não a falamos no plural, isto é, “as felicidades”, ao invés de apenas no singular? Isso ao menos nos conformaria diante de “todo o leite derramado”, porque o leite não é o só de vaca. Tem o de cabra; tem o leite de coco, inclusive e especialmente o de babaçu.
Portanto, pluralizar a felicidade é torná-la mais acessível a condição humana, uma vez que esta, mesmo de “mãos fechadas”, ainda assim, é da ordem daquilo que é permeável. Ou seja, se a felicidade é para quem a “agarra”, nós nascemos sem. De sorte que além de falar a felicidade no plural, temos também que metaforizá-la.
Pois bem, neste sentido temos muito que aprender com o caboclo, pois este se não é rico em palavras, mas em metáforas é rei. “Quem não tem cão, caça com gato”! “Quem não tem farinha, crueiras servem”! E por fim, para não morrer de fome este fala até em “tirar leite de onça ou de pedra”! Enfim, são metáforas, mas, a felicidade não é uma?
A felicidade está mais no que se fala sobre ela, do que se pode ser de fato feliz. Não que esta nunca tenha "batido a nossa porta", mas é o jeito de se colocar a mão sobre ela que a estraga como se fora leite. Porém, para quem tem muita paciência e discernimento se pode aproveitá-la na condição de coalhada!
Ora, se a felicidade é da ordem do “dizer”, por que então não a falamos no plural, isto é, “as felicidades”, ao invés de apenas no singular? Isso ao menos nos conformaria diante de “todo o leite derramado”, porque o leite não é o só de vaca. Tem o de cabra; tem o leite de coco, inclusive e especialmente o de babaçu.
Portanto, pluralizar a felicidade é torná-la mais acessível a condição humana, uma vez que esta, mesmo de “mãos fechadas”, ainda assim, é da ordem daquilo que é permeável. Ou seja, se a felicidade é para quem a “agarra”, nós nascemos sem. De sorte que além de falar a felicidade no plural, temos também que metaforizá-la.
Pois bem, neste sentido temos muito que aprender com o caboclo, pois este se não é rico em palavras, mas em metáforas é rei. “Quem não tem cão, caça com gato”! “Quem não tem farinha, crueiras servem”! E por fim, para não morrer de fome este fala até em “tirar leite de onça ou de pedra”! Enfim, são metáforas, mas, a felicidade não é uma?
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