Na laje, toda pedra é uma visão!

Gilvaldo Quinzeiro





O culto na laje é curto. È que na outra, o casal trepa. Já na de baixo, a mãe cozinha mocotó e feijão preto para o jantar do filho que passou o dia de “plantão” na outra laje cuja visão cega de ver o mar que nunca dá praia!...


Só o tropicalismo não dá conta de cantar, o drama que não é urbano, mas, suburbano em cujas ruelas se não imitam o espaço curvo de Niemeyer, tornam futuristas seus sobreviventes!

Corpos sarados carregam sacos de cimentos para construir o último quarto que fica sobre a laje, da qual se ver a vizinha ao lado, traindo o marido que saiu para vender balas na central. No peito esquerdo do “Ricardão” , ainda dá de ver uma tatuagem de uma calcinha preta na qual uma frase escrita em gótico: me come!


Como não falar do Nordeste? Seca aqui é repente! Quente é o chão que se racha, igual o pé de quem pesca bodó!

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