Na dúvida. preserve os dedos!
Por Gilvaldo Quinzeiro
A rigor, nós não somos nada, além da imagem que
pensamos ser. Somos espraiados como nuvens,
a despeito da nossa pretensão de concretude. Um mero sopro no barro molhado - uma semente lançada em solo onde a fertilidade
é a dúvida. Descarte, já nos dizia, “penso, logo, existo”. Mas isso é tudo?
Só a velhice para nos dizer, o quanto custa um sopro
de vida! É aqui também (na velhice) que
ser de barro faz toda a diferença, pois, se pedras fôssemos, haveria tempo
demais para se pensar sobre a dureza de todas as coisas!
Pensar é como mexer um dedo apenas, quando a
guilhotina faz lançar a cabeça para o outro lado. Por isso, preservar os dedos
com suas cabeças é pensar, antes de tudo.
Alguma dúvida?
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