Violência das torcidas: com vaso sanitário é merda e morte!
Por Gilvaldo Quinzeiro
A violência nos estádios brasileiros joga pesado. Em
um lance de “merda na cabeça”, o que, aliás, está ficando cada vez mais comum, um torcedor mata outro lhe arremessando
um vaso sanitário. Esta jogada que
mancha de sangue o futebol brasileiro à véspera do Brasil sediar uma Copa do
Mundo, ocorreu no Estádio do Arruda, em Recife, no dia 02, na partida entre
Santa Cruz X Paraná. A vítima foi Paulo Ricardo Silva, 26 anos. Quanto os agressores
– “entraram pelo ralo”!
Pois é no “país do futebol” a violência não só tem
sua torcida, organizada, diga-se de passagem, como esvazia os verdadeiros apreciadores do
esporte, dos estádios. A questão agora é: como um vaso sanitário foi parar na
mão de um torcedor? E que “lance” é
capaz de levar alguém atirar um vaso sanitário contra outra pessoa? Haverá punição?
Haverá aprendizagem deste episódio?
Em outro jogo em Natal, na inauguração do Estádio
Arena das Dunas, 39 torcedores foram presos acusados de atirarem pedras nos
carros da policia que faziam segurança da partida de futebol entre América X
Confiança. Os 39 presos são “torcedores”
do ABC.
Se analisarmos bem, não pela ótica futebolística,
mas a antropológica ou sociológica, a “bola da vez” parece ser outra, e não aquela que corre solta pelos
gramados. A bola que enche o peito de muitos torcedores, não de paixão, mas de
ódio, não murchará enquanto as
autoridades brasileiras, e não só as da área de segurança ou esportiva, mas as
de diferentes setores, não fizerem um estudo amplo e profundo sobre a
violência. Violência que também não se restringe aos estádios, mas ocorre em toda a
sociedade. E que tal estudo sirva de base para uma política de segurança pública,
dentro e fora dos estádios. Do contrário, merda como esta vai estar cada vez na nossa
cara!
Em suma: falta-nos o que nos civiliza – educação! Do
que adianta tantos estádios caros e bonitos, e o povo sentado na própria merda!
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