Os escaravelhos e os ajustes econômicos
Por Gilvaldo Quinzeiro
“Os faraós” desse mundo se agigantam ao erguerem pirâmides
de dinheiro. Para estes, assim como para aqueles do passado, é muito fácil
edificarem suas estatuas em ouro, diante de tantos que se afundam nos estercos!
Com uma diferença, porém, os “faraós”
dos nossos dias, desconhecem o papel dos escaravelhos em efêmeros papeis
carimbados.
Os ajustes fiscais, o aumento dos juros, os cortes nos
orçamentos, a perda dos direitos trabalhistas duramente conquistados em “nome”
do que quer seja, significa o sacrifício para se erguer pirâmides para garantir
a “salvação” de poucos – enquanto se destina o inferno para a maioria!
Em outras palavras, não há nada de “novo” no mundo, senão o jeito de se matar em
nome de velhos interesses!
Por falar em velhos interesses, os gregos estão indo à
forca sejam quais forem à decisão tomada. Ficar ou sair da União Europeia é uma decisão
que altera a sua espinha dorsal. Para quem assiste esta
crise de barriga cheia, pode ser apenas mais um tempero. O bicho é pra quem
está de barriga vazia – ai sim é pimenta malagueta ardendo naquele lugar...
No Brasil, o erro foi subestimar a “marolinha”, isto é, não ter preparado a
tripulação e o barco para as fortes tempestades! Ou seja, o velho hábito de
empurrar o cisco para debaixo do tapete resultou em merda! Bom para os
escaravelhos da nossa política!
E agora o que fazer?
O que ou quem precisa apodrecer para se iniciar um novo ciclo? Haja
escaravelhos!
Por fim, atordoados, os brasileiros começam a sofrer o
seguinte dilema: salvar os dedos ou permanecer com os anéis!
Boa quarta-feira a todos!
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