A crise brasileira, e o nome de ‘Deus’?
Por Gilvaldo Quinzeiro
A atual crise política, ética e econômica brasileira
aprofunda-se, e nos faz mergulhar numa situação perigosa. Nada é novo, tudo se
assemelha ao passado, porém, ganha novos ingredientes e contornos. É preciso muita
atenção, e um estudo apurado das coisas que estão em curso. Neste texto quero
chamar atenção para alguns elementos.
Primeiro, não foi o voto em si, nem o resultado da votação
na Câmara Federal sobre o impeachment da Presidente Dilma, no último dia 17,
que repercutiu, mas os homenageados pelo voto.
Segundo, o nome de ‘Deus’ e até de torturadores foram
usados com a mesma veemência pelos nossos parlamentares: mais do que uma
decisão política, o que se viu foi uma verdadeira ‘cruzada’.
Terceiro, de repente, ‘Deus’ se fez presente do mais
precário ‘barro’ – tão terreno, quanto os seus defensores.
Quarto, a religião ou quem dela faz uso, encontrou no atual
contexto político brasileiro a sua dimensão apocalíptica – terreno fértil para
quem tem os pés fincados em meros interesses pecuniários.
Quinto, quem tirará vantagem do atual caos em que se
encontra a sociedade brasileira: deus ou o diabo?
Sexto, para onde marcha o Brasil: para uma raivosa
teocracia ou uma ‘europeização’ de mãos dadas com a cor dos olhos?
Por fim, meus senhores e minhas senhoras, conclui-se que o
‘diabo’ da política está religiosamente ligado com o barro do ‘deus’ da
vantagem.
Deus que me perdoe!
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