Diálogo com os ‘sapos’ sobre o belo


Por Gilvaldo Quinzeiro


Ouvir de mim que sou belo, não responde as minhas dúvidas. Aprender sobre os sapos que nunca cometeram suicídio por serem chamados de feios: é aprender mais sobre o sentido da vida!

Às vezes temos que pensar e andar de cócoras!

Nestes tempos de beleza seriamente duvidosa, ouvir as justificativas do sapo que nunca morreu por sentir-se feio – é uma oportuna lição, sobretudo aos jovens que não sabem ser, senão sentir-se escorregadios aos olhos exigentes do outro!

O ‘sapo’ da nossa natureza interior é deveras mais pantanoso!

Às vezes somos o ‘pato’ que ao mergulhar para pescar, traz dentro de si o peixe: é que fomos também a ‘isca’ da qual não nos desvencilhamos!

Só Deus sabe que no caminho até ele, podemos ser também o ‘diabo’. Haja misericórdia!

Mas, voltando ao sapo e as suas lições sobre o belo. Uma coisa é certa sobre esta aprendizagem: o duradouro, como o próprio sapo, é belo por natureza – o eternamente passageiro é nosso olhar!

Um lindo dia como o dos sapos, a todos!



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