A água em Marte, e o velho jeito de matar a sede
Por Gilvaldo Quinzeiro A cada nova descoberta muda-se o homem e o mundo por conseguinte. Foi assim com a descoberta do fogo; a invenção da roda; da escrita; do rádio, do telefone, da televisão, da internet, enfim, um verdadeiro banho de significado. Com a descoberta de água em Marte, não será diferente, ou seja, parafraseando Heráclito: “nunca mais o homem tomará banho do mesmo jeito e no mesmo rio”. Entretanto, há um ‘porém’, um detalhe importante a ser dito: a cada descoberta nasce um novo homem sim, mas das entranhas do ‘velho’ que ainda nem chegou a conhecer a si mesmo. Ora, é como colocar uma roda nova numa engrenagem enferrujada – do que adianta? A velha sede de si mesmo, eis o a questão a ser levantada neste breve ensaio. Pois bem, é desse ‘velho’ que ainda nos habita, não obstante, o nosso desconhecimento sobre ele – que brota a nossa sede de tudo! A descoberta de água em Marte, poderá nos soar tão distante, quanto as novas descobertas a respeito d...