O relativo, relacionado a relação
Por Gilvaldo Quinzeiro
O mais difícil em um relacionamento é saber onde ficam as
suas ‘alças’. Sua descoberta, porém, não
significa que as coisas se tornem mais leves, mas apenas facilitam o seu
arrastamento.
É aqui, na discussão sobre relacionamento, onde se abre
um universo para a “teoria das cordas”. E como tal, a junção de tudo, incluindo
a língua de Albert Einstein. Que outra língua entortou o universo?
Mas voltando as ‘alças’ do relacionamento. Ainda bem que
tudo é relativo, como a existência do universo. Talvez, por isso, todo fim ou
começo está prenhe de uma explosão, e suas ‘alças’, depende do ponto de vista
de quem apalpar seus nós, e, não os confundam com os calos das próprias mãos. A
teoria relativista de Einstein, neste caso, nos serve ao menos de conforto.
Contudo, no que tange ao relacionamento, só uma coisa
contraria a teoria da relatividade, introduzindo a categoria do ‘absoluto’, a
saber, a experiência. Ora, como saber a diferença entre a comida que se come de
cara feia e a cara feia da comida, senão comendo a comida pelas beiradas dos
nossos lábios.
Em outras palavras, tudo é experimentação! Não há experimentação
mais eficaz ou edificante que a dor da perda. A questão é quem se arrisca ir lá
no fundo? É aqui, pois, onde todo atos e átomos estão a serviço de outras
cordas.
Acorda ou a corda? Eis a questão.
Sim, a perda é estruturante, e só ela nos acorda, ainda
que tarde para a corda que já permanecia bamba. Isso não significa dizer, entretanto,
que tenhamos que nos transformar em ‘perdedores’ ou deixar facilmente escapulir
por entre os dedos, aquilo que é nosso como inteiro.
O inteiro numa relação como se calcula?
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