Na vida, as mesmas 'imbiras'
Por Gilvaldo Quinzeiro
A vida, se repararmos bem, é um caminhão de repetições.
No amanhecer de hoje, mesmo não sabendo direito o que eu fui no dia de ontem,
terei que me repetir para continuar seguindo –, seguindo o quê, se no meu
rastejar permaneço sentado nos meus defeitos?
As flores continuam em botões se abrindo. As mãos dos homens permanecem murchas e
espinhosas na abertura dos caminhos! Não há novos caminhos, senão os velhos
abismos a cortarem o nosso fôlego!
Os homens substituíram as ‘imbiras’ pelas fechaduras nas
portas, estas últimas foram trocadas pelo porteiro eletrônico – mas a
insegurança permanece solta -, os homens, coitados são escravos dos novos
estilos!
As vassouras se tornaram ‘falantes’. Os
ciscos e os monturos viraram ‘praias’ para os novos discursos!
O retorno de ‘Deus’, assim, como no passado,
hoje, é o acontecimento mais aguardado: a fila dos apressados se repete – “os primeiros”
se esquecendo de que os “últimos” poderão ser os primeiros.
Eu aqui resmungando sobre a natureza do pão e
da palavra.
Bom dia!
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