A crise, a dialética e o escárnio
Por Gilvaldo Quinzeiro
O espantoso não é mão que falta ‘o dedo’, mas o rosto de
quem a expõe para provar sua ‘superioridade’. Nos últimos dias, os discursos
têm se adequados a fotografia do país. Sabemos que o Brasil enfrenta uma crise
econômica e política. Ficamos mais pobre
sim. Mas também ficamos mais propensos ao escárnio. O ‘aleijo’ passou a ser
comparado com a ‘perfeição’. Enfim, estamos a nos olhar no espelho!
No ambiente cada vez mais pantanoso no qual se tornou o
Brasil, vemos ‘engordar’ e prosperar os movimentos de iniciativas
conservadoras, tais como aqueles que defendem o ‘fim dos privilégios aos
deficientes’, entre outros.
Assim como no passado, aqui não há nenhuma novidade, isto
é, em tempo de crise, uma das saídas é encontrar os culpados!
Acontece, porém, que os culpados serão sempre os mais
indefesos. Ou seja, é na desgraça do outro que muitos se agigantam, e cantam
suas vitórias!
O fato é que, se a
sociedade brasileira escolher o caminho, onde a inclusão social é vista como um
estorvo, então, estaremos mais uma vez comungando com o nosso passado
escravocrata, e condenando milhões a fome e a miséria.
Ainda nas e por conta das grandes manifestações que
ocorreram no pais, na Copa das Confederações, eu chamava atenção para a onda
conservadora que tomava conta das ruas. Agora aquelas ‘mascaras’ ganham as suas
feições verdadeiras. Como eu escrevia
antes: “nem tudo que corre no mar é aquoso”! A conjuntura é muito complexa.
Para isso precisamos ser cautelosos.
Não quero com isso, entretanto, isentar o governo petista
dos seus erros. O PT, digo, as suas lideranças, botou a perder toda uma
história de luta e a esperança do povo brasileiro.
Sou favorável a punição
severa de todos os culpados pelo ‘mar de lama’, no qual, nosso país está
mergulhado! Todavia, não posso deixar de chamar atenção, como o fiz em outros textos,
para o ataque das ‘velhas raposas’!
Por fim, a dialética vive hoje seus dias mais férteis!
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