Enfim, nos faltam engenhos e metáforas. A vida se tornou enfadonha!
Por Gilvaldo Quinzeiro
As ‘lágrimas de crocodilo’. Que expressão reveladora do
feito exitoso de se pescar a escorregadia alma humana! Como negar sapiência dos
antigos? Os egípcios, por exemplo, como ninguém entendiam desse tipo de ‘pescaria’.
Não foi à toa que ‘pescadores’ como Abraão, Moisés e até o menino Jesus
aportaram por lá!
A terra do Nilo, foi sim, um nascedouro de coisas
extraordinárias! Em nenhum lugar do mundo, a morte foi engenhosamente
metaforizada, e enfrentada com tanta esperança de superação!
A morte, hoje, qual o seu significado? Que ‘engenhos’ a
metaforizam? Quem de fato são os ‘vivos’? O que amputam as novas invenções e
ferramentas, senão o sentido da vida?
A depressão que acomete ‘santos e pecadores’ nos nossos
dias, se fosse compreendida pela ótica de hoje, pelos antigos egípcios, teria
sido usada como a mais poderosa técnica de mumificação aplicada aos vivos!
Veja a gravidade da
situação. De um lado, uma grave doença; do outro, a visão da ordem das coisas! Em
outras palavras, o pensar, não é só uma ferramenta, mas o próprio engenho, onde
se tritura o homem com seus ‘partos e dores’.
Em tempo de ‘vacas magras’, por exemplo, ir até a uma
perfumaria faz sim, uma grande diferença – sinal de que a múmia-viva não só se
mexeu, como se ergue contra as verdades impostas.
Falar em perfume, em tempos difíceis, é como ouvir uma música
revigoradora aos ouvidos cansados!
Precisamos sim, reaprender
com as antigas engenharias, pois, estas deram provas que com muito pouco, não
só foi possível erguer coisas extraordinárias, como duradouras!
Por fim, quisera que nestes tempos de caras invenções e
coisas tão passageiras – as múmias egípcias
nos apontassem o dedo!
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