As fatídicas 48 horas: quem sobreviverá?

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Por Gilvaldo Quinzeiro


As demandas mandam, o sujeito as obedece! Pobre sujeito, rico de suas necessidades; necessidades estas, em muitos casos, saciadas por sacos plásticos, que existem aos montes, mas nem por isso, esvaziam o sujeito das suas angústias!

Enfim, se multiplicaram ‘os seios’, mas poucos são os que verdadeiramente nutrem o sujeito em suas reais necessidades!

Por falar em ‘seios’, hoje, desde as 0hs, e perfazendo   48 horas, somos bebês chorões sem o WhatsApp, suspenso por determinação da Justiça!

Quem conseguirá sobreviver a estas fatídicas 48 horas? Que outro ‘seio’ poderá nos ser o seu substituo?

Sem entrar no mérito da questão, o fato é que hoje é um dia de muito tédio e angústia para milhões de pessoas! Para ser mais enfático: o fim do mundo! Muitos se sentirão desconjuntados; outros se sentirão cara a cara com os desertos. E a há aqueles que serão movidos por uma vontade de ir para debaixo da cama – mas como ir se não encontram força?

Veja quão tênue é o solo que sustenta as nossas vidas! Quão dependentes nos tornamos de ferramentas cujo uso vale mais pelo que de nós acrescentamos, a nossa alma, inclusive, do que, pela garantia da nossa sobrevivência!

Quanta angústia por nada!

Na verdade, como não se pode dar nome ao ‘nada’, tudo que fazemos é viver em permanente estado de luto, à espera de que as coisas pelas quais choramos (e não são nada!), finalmente resgatem o nosso tempo perdido!

Ah! o tempo! Mede-se o tempo hoje pelo ciclo de vida das ferramentas que, pasme! foram feitas como protótipos das futuras, ou seja, para serem logo substituídas! Ah! o tempo! Mede-se, pois, o tempo hoje, pelo tamanho da nossa angústia: sempre a da tarde é mais duradoura; as da noite quem consegue dormir?

Enfim, que passem logo estas 48 horas!

Amém!



  

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