O estatuto do abraçamento, uma arma contra a violência

Gilvaldo Quinzeiro


O que não vemos na violência que nos cega de vê-la, é o que nos faz sentir “famintos” por ela! Aliás, é bom que se diga que a violência é que sustenta “um mundo” na sua fartura, enquanto, a outra parte que se arma por “necessidade” de se manter em pé, se esgoela!...

Em outras palavras, se não tratarmos das feridas abertas em nome da “civilização”, na “justificativa” de se combater a barbárie, não haverá banco de sangue em quantidade suficiente de estancar o sangue como enxurrada a ser derramado.

Pois bem, precisamos, contra a violência, instituir o “estatuto do abraçamento”, este sim, é de gente!

No tempo em que as crianças brincavam de roda, seja no terreiro de casa, seja no pátio das escolas, era também o tempo em que, quando adultas, não tinham por que razão temerem, os vizinhos!

Tais cenas, hoje, não são as mesmas que as identificamos como sendo do “atraso”?

No tempo em que se “passava fogo” para se ser compadre do outro, junto à fogueira de São João, qual a necessidade de se ter uma arma?

Hoje, o amamento das crianças é o que alimenta as mães na sua fantasia de serem bebês. E, assim, avançamos para a colheita de “avatares”, que nos acolhem naquilo que nos despedaçam!

Um abraço a todos por serem abraçados!

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