Dos intestinos da violência: uma velha lição sobre como se sentar no penico
Por Gilvaldo Quinzeiro
A violência é uma das coisas que nitidamente mais
cresceu no Brasil. Antes restrita as grandes cidades, hoje presente em qualquer
lugar por mais bucólico que seja. Em seu
combate, muito discurso; alguns tão bonitos de se ouvir; outros nada
convincentes, mas da prática, uma distância enorme. Neste ínterim, o cidadão se
tornou “otário”, como diz os bandidos, e refém dentro da sua própria casa, tal
como é ditada pela ordem imposta pela criminalidade. Ir a uma padaria, a mais próxima que seja, é
correr risco de morte, e o café da manhã, não vale tanto assim, pois, a vida
pode custar menos que uma dúzia de pães!
A violência e merda têm pontos comuns, ou seja,
ambas são oriundas do “intestino humano”. Talvez por isso, tendemos sempre a
escondê-las, sobretudo, quando é a nossa que atinge o outro. As autoridades brincaram
com a violência, assim como uma criança com a sua própria merda. Ou seja, fizeram
de conta que não era algo com a sua cara!
Claro que Freud explicaria isso mais bonito. Mas, eu
estou bem sentado em cima! Portanto, a violência é uma merda mesmo!
Pois bem, a violência cresceu. E hoje para
encurtá-la a solução é amarra-la a um poste? Veja que mexer em merda, não há
como não se sair fedendo! A solução para a nossa violência é sim, uma discussão
civilizatória. E isso implica nos ensinar antigas lições como aquela de “saber
sentar-se no penico”!
E ai mano, sentado em cima de quê?
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