Prelúdio a ‘literatura de banheiro’


Por Gilvaldo Quinzeiro



Como abelha em colmeia, multiplicam-se os mundos, mas em vez de mel, os homens só encontram a cera. O que somos nestes mundos? Nada, além de simples ‘moleques’ das suas ceras!

Imagine hoje o filósofo grego Diógenes, no seu habitual ‘banho de sol’ – clamaria a Alexandre, O Grande para que em sua frente se demorasse, temendo derreter-se aos primeiros raios solares!

Os homens e seus açúcares.  No afã de adocicar o mundo, cada vez mais amargo, a civilização atual acrescentou açúcares demais aos seus pratos! Como resultado disso, as novas gerações se tornaram aparentemente mais enérgicas e saltitantes, porém, péssimos soldados na hora de enfrentarem seus medos!

Enfim, que somos todos filhos da mãe, disso ninguém tem dúvida. Porém, putos ficaram os meninos sem tempo sequer de irem ao banheiro!

Antes não era assim:  todos os dias eram ‘santos’; o ‘diabo’ era mesmo o banheiro a presenciar o nascimento dos homens em seus proibidos desejos. Hoje, em que pese a falta de tempo e de vivências, sem banheiros ou sem quintais, os meninos se autoproclamam ‘safadões’!

Os ‘safadões’, espécimes a povoar o mundo poroso de hoje, onde o gozo se deslocou do corpo para as imagens compartilhadas do gozo -  são como moscas atraídas pela sopa -  no primeiro mergulho esquecem para que servem as asas!

Hoje em que mundo a mãe encontra seus filhos? Em todos os mundos, exceto no banheiro!



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