E agora: com reforma do ensino quem vai ‘ensinar as horas no sertão’?


Por Gilvaldo Quinzeiro


Tal como um cavalo na chuva, o presente que já não contemplamos, nos arrasta precocemente para o futuro. E nós o que somos? O cavaleiro que perdeu o cavalo, e ficou apenas com a sela.

O dito acima é apenas para nos servir de um ‘puxão de orelha’: o pior é a multiplicação de pastos para um só rebanho!

A reforma do Ensino Médio proposta pelo Governo Temer, e já publicada no Diário Oficial, tem um objetivo claro: dar aqueles que foram os ‘burros de carga’ desta Nação nos últimos tempos, os professores – o mesmo destino dos jumentos pelo interior do Nordeste? – o abandono?

O tom das mudanças no Ensino soou meio que revanchista. Aliás, pensando bem, todas as medidas anunciadas por este novo governo até agora têm sidos claras ao menos numa coisa: à pressa com que se pretende se livrar de alguma coisa!

Primeiro, com fim Ministério da Cultura – uma afronta aos artistas. Segundo, com a indicação de ministérios formados só por homens – um chute nas mulheres.

Que o ensino brasileiro não vem correspondendo às expectativas, isso todo mundo sabe. Assim como todos nós sabemos da real necessidade de mudanças – mas, assim de supetão?

Para mim, tais mudanças não foram nenhuma surpresa. Há muito tempo eu venho chamando atenção para o que ‘nem tudo que desce no rio é aquoso’ – isso em alusão as manifestações de rua ainda no seu início. Várias vezes escrevi a respeito desse assunto.

O momento urge reflexão. Mudar não significa simplesmente tirar uma coisa do lugar para outro, especialmente no tocante a temas de natureza estratégica qual a educação.

Dirigir uma Nação contemplando apenas a ótica imediatista e revanchista de um grupo que tem pressa apenas em acomodar os seus interesses é por demais perigoso.

Por fim, em tempo de ‘sacrifícios’, há sempre uma forca a espera de Judas!










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