O problema é não aprender com o ‘calango faceiro’!
Por Gilvaldo Quinzeiro
A questão não são os problemas de todos os dias: a falta do
sal, do açúcar, do arroz e do feijão; ou os bois alheios, que derrubam a cerca
para se alimentar das poucas espigas de milho; ou a lamparina a consumir o
saldo restante do querosene. Afinal, eu vi meu pai derramar o último suor
da face ao plantar a derradeira semente em solo seco – sem nunca deixar de
assoviar sua esperança! Três dias depois vinha a abençoada chuva para alegria
também de todos os sapos e de outros bichos que moravam ou não à beira do lago.
O problema é a ‘amputação’
dos desejos e das iniciativas!
Precisamos iniciar a reconstrução do mundo com o que sobrou
dele. Como diz o caboclo, “quem não tem cão, caça com gato”. Aliás, precisamos
aprender mais com as resistências das baratas, pois, são elas, talvez, o único ser
a reinar na Terra do futuro, e os homens, seus ‘dinossauros’.
A questão não são os problemas presentes nos noticiários
por mais chocantes que sejam. O problema
está em cada um de nós ao repetir cotidianamente tais fatos.
Os sapos nunca foram tão bonitos, quando comparados aos
espelhos do homem atual.
Não se assuste, pois, a natureza está prenhe de toda a
alquimia – a mesma que um dia desbancou os dinossauros da Terra!
Os calangos não andariam tão ‘faceiro’ em plena areia
escaldante, caso algo mais não estivesse por lhe acontecer!
Fiu, fiu!
Aguarde as próximas estações!
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