O que ‘diabo’ está acontecendo com o mundo, só Deus sabe!
Por Gilvaldo Quinzeiro
Em resposta a uma pergunta de um amigo feita a mim em uma mesa
de bar acerca das transformações políticas pelas quais passam o Brasil e o
mundo, e querendo este amigo saber do futuro das esquerdas, eu o respondi: “Quaisquer
que sejam as análises e reflexões no que diz respeito a esta questão, temos que
partir da seguinte premissa a de que o ‘mundo acabou’! Neste sentido, antes de qualquer
coisa temos que saber o que de fato sobrou desse mundo?
Ora, a falta d’água, por exemplo, além do esgotamento de
quase todos os outros recursos naturais, incluindo as terras férteis; as
tragédias climáticas – são sintomas de que todos nós somos ‘sobreviventes’ de
tais condições. É neste contexto que temos que analisar o avanço da direita e a
derrota da esquerda no mundo.
Em outras palavras, a situação é tão complexa que resumi-la
à tradicional luta de classe, tal como se fazia nos contextos dos séculos XIX e
XX, é perder de vista a gravidade da situação. Ora, o dito aqui, não significa
dizer que não esteja ocorrendo a luta de classe, claro que sim, e como nunca!
Porém, em um contexto em que se deverá se ‘escolher’ quem afinal deverá embarcar
na ‘Arca de Noé’. Ou seja, as guerras a serem travadas daqui para frente vai
ser para definir a quem se destina a última fonte d’água ou o
último pedaço de pão sobre a mesa!
De sorte que, cada vez mais as lutas sejam estas de classe
ou não, terão um conteúdo ‘religioso’, e por isso mesmo, mais se tornarão
sangrentas. A questão é saber quem será transformado nos ‘defensores do diabo’,
porque de ‘deus’ os seus exércitos já estão em marcha!
O mundo estará cada
vez mais ‘magro’ de justiça social, e ‘obeso’ de desigualdade.
A disputa entre esquerda e direita será sim, mais acirrada,
porém, saber de que lado ainda possuem ‘homens’, fará grande diferença.
É claro, que hoje o
mundo ver ascensão das forças conservadoras, incluindo as fascistas. O que
Hitler fez naquelas condições da sua época, a história toda conhece, o que os
seus substitutos de hoje, no contexto descrito acima, farão, isso é exatamente
o que está sendo posto.
A esquerda, ou o que dela restou, não conseguirá sobreviver
em tal contexto sem que faça uma profunda avaliação dos seus erros e acertos.
Para isso, entretanto, é preciso ao menos uma coisa, deixar de lado a sua bruta
arrogância!
“Ser ou não ser eis a questão”. Quem viver verá! ”
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