Não há tempo bom em nenhum tempo!
Por Gilvaldo Quinzeiro
O caos não existe na natureza. O caos se restringe ao âmbito
humano. A natureza segue seu curso, ainda que seu ‘jeito de ser’ nos provoque
estragos e destruições avassaladoras.
Desde as cavernas
até hoje, o homem tem se mantido de pé por pura sorte! O tempo que levamos para
definitivamente manter o fogo aceso, foi o mesmo com o qual perdemos muitas mãos.
Hoje o fogo está presente em quase tudo que diz respeito às
atividades essencialmente humanas, como por exemplo as manifestações culturais
e religiosas. Contudo, ainda não fomos capazes de evitar que muitas pessoas vivam
em condições, que nos lembrem às do tempo das cavernas. Aliás, a humanidade
inteira não está livre desse retorno.
Ora, desde o ‘roubo de Prometeu do fogo sagrado das mãos
dos deuses para dar aos homens’, e por conta disso, ter pago um alto preço, nós
não nos tornamos agradecidos por isso! É bom que se diga que nós não somos
gratos a nada!
Se repararmos bem, não é só Prometeu que está sendo
castigado, nós também. A natureza em sua alquimia tem se transformado em um
grande ‘chicote’!
Um simples mosquito como o Aedes Aegypti tem nos dados prova de que todo o nosso Exército não é
capaz de enfrenta-lo. Imagine agora se este mosquito fosse do tamanho de um
escorpião – estaríamos todos fritos!
Enquanto nós estamos perdendo a guerra para um mosquito, e
o surgimento de um novo surto, o da febre amarela, os Estados Unidos iniciaram
preparativos para enfrentar um possível asteroide que ronda as cercanias do
nosso planeta. Aqui sim ser um mosquito fará toda a diferença!
Quer correr amigo? Para onde?
Assim sendo, precisamos
montar verdadeiras operações de guerra para enfrentar as situações vindouras. Um
país que não consegue se prevenir ou vencer a infestação de um mosquito, está
sem nenhuma dúvida condenado a desaparecer aos primeiros ataques das vespas!
Portanto, “Tomar Posse”, eu estou falando dos prefeitos,
que acabaram de assumir os cargos, bem como dos novos vereadores e secretários,
não significa se apossar do patrimônio histórico, cultural e financeiro de uma cidade,
mas principalmente dos seus problemas atuais e futuros, sejam estes de que
natureza forem. Mais do que tomar um assento numa cadeira, algumas exageradamente
confortáveis, é necessário colocar os pés na lama; arregaçar as mangas, porque
tempo bom, não há. Todo tempo é de crise, e como tal exige dos bons ‘engenheiros
e parteiros’ suas soluções!
Boa sorte a todos!
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