Somos muitos, como os insetos!


Por Gilvaldo Quinzeiro


Enfim chegamos muito próximo dos insetos, especialmente no que diz respeito aos ciclos das coisas. Muito dos nossos novos ‘engenhos’ são erguidos apenas para durarem ao tempo da degustação de um soverte; outros são como bolhas de sabão, isto é, não chegamos nem a contemplar direito, e “puf”... Talvez por isso criamos um novo reino, o das drogas, e com estas, a repetição!

É neste tempo de coisas tão passageiras onde um esforço se agiganta: o da ‘visibilidade’! Ou seja, ao mesmo tempo em vivemos mergulhados na instantaneidade dos acontecimentos, e que muitos desses acontecimentos se dispersam como poeira da nossa memória, queremos enfim, ser ‘visíveis’.

Os reality shows são vitrines onde mais do que a visibilidade, oferecem também o ‘estilhaçar-se’ dos sujeitos!

Ora, o que prepondera neste ciclo de coisas tão voláteis é exatamente ‘o manto da invisibilidade’. Um cantor, por exemplo, por mais sucesso que faça, está condenado a não repetir o mesmo desempenho no disco seguinte. Por isso, temos muitos casos de artistas com depressão!

Quem se lembra de Lairton e Seus Teclados?

Nesta luta pela ‘visibilidade’ a qualquer custo, proliferam as ‘receitas milagrosas’. Talvez por isso haja muita fartura das chamadas “mulheres melancias”; “mulheres peras”; “mulheres melões” e outras coisas que tais.

Enfim, este é o tempo onde a cabeça pena e a bunda abunda-se quando a compara com a cara de outrem.


E aí primo, pensando que a vida invisível é a dos insetos? 

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