O amor, as outras coisas e sua alquimia
Por Gilvaldo Quinzeiro
Três coisas formam sempre uma ‘trempe’. Feito isso o quarto elemento é o fogo. E com
este estão criadas as improváveis condições, incluindo daquele, que criou asas
por ter sabido manipular o fogo, bem como estas improváveis condições. Eis o mistério imanente a todas as coisas!
Saber que “um dia é
da caça, e o outro, do caçador”, é manter o fogo aceso entre as trempes, todos os
dias, apesar das incertezas presentes em toda as caçadas.
No amor também é assim, ou seja, é preciso conhecer e
respeitar suas ‘leis’. Uma delas consiste em não se atirar com a própria flecha,
e nem cair ferido por não ter atingido o alvo. Em outras palavras, não se deve
ir ao pote com muita sede!
O amor é como um velho retrato, que, depois de tanto tempo esquecido
na parede é preciso ter a humildade para se reconhecer nele. O amor é uma
daquelas coisas já dentro de nós, e que só a abraçamos quando encontrada fora.
Um grande amor’, esta é uma das nossas incansáveis buscas!
Ao menos nesta busca somos todos ‘amantes’. Às vezes até o encontramos, mas ‘cegos’
por tanta procura, não o reconhecemos
Por fim, há que se saber lidar também com ‘o engenho da
culpa’. Esta é trempe cujo fogo pode transformar tudo em ‘cachaça’: o amor
sofrido, mas que nunca termina porque fizemos deste, a única bebida para uma
vida inteira de sede!
‘
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