O drible das vacas

Gilvaldo Quinzeiro




Não obstante, ter as trazido para o divã, e  tê-las tratadas melhor do que seus próprios donos, as vacas continuam às soltas pelas ruas do centro da cidade. Hoje cedo, na manhã de domingo, enquanto fazia um passeio, quase piso na merda de uma! Se eu não me lembrasse dos tempos de jogador de futebol do meio do terreiro, teria me atolado...

Mas, seguindo em frente, na rua Coelho Neto, caxiense, príncipe da literatura nacional, pai de Preguinho, o jogador que primeiro fez um gol vestindo a seleção brasileira em uma Copa do Mundo, para minha alegria, encontrei-me com o poeta Renato Meneses, que, como de costume também faz seus passeios matinais pelas ruas da cidade. Um breve cumprimento, e segui em frente à praça da Matriz rumo à casa do poeta e romancista J. Cardoso. Em chegando lá, bati na porta, mas ninguém atendeu, pareceu-me que J. Cardoso estivesse no mercado fazendo suas compras. Ele sempre costuma nas manhãs de domingo ir ao mercado com seu calção estampado e um cesta na mão, hábito que poucos ainda mantém!...


Mas, voltando a falar das vacas, estas continuam a driblar quem as  deveria dominar, a saber, seus donos ou na falta destes, o pessoal da prefeitura, no mínimo! O que não se justifica é as vacas, sejam elas gordas ou magras, sejam pretas ou pardas, usarem as ruas da cidade como se estas  fossem  campo, afinal o que as vacas jogam, não há pé de atleta que aguente!...

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