A saúde do Maranhão está doente no Piauí


 
Gilvaldo Quinzeiro



Dizem os mais velhos que na Copa de 70, os maranhenses, sobretudo do Leste foram assistir os jogos pela tv em Teresina. Quando da primeira visita do Papa João Paulo II ao Brasil em 1980, os maranhenses foram em romaria ao Piauí, um dos estados visitados pelo sumo pontífice. Estes dois acontecimentos na época viraram piadas dos piauienses para com os maranhenses!..

Hoje, embora, possamos ver que houve uma inversão, no setor da educação, principalmente, no qual os piauienses em busca de melhores salários atravessam o Parnaíba de lá pra cá.Todavia, o desmantelamento da saúde pública no Maranhão, submete os maranhenses, pasmem, até da capital, a buscarem tratamento em Teresina! O que dizer dos pobres que moram no interior, onde, quando muito tem é um hospital que, dado às péssimas condições, não passa de um simples posto de saúde sem ter nem esparadrapo sequer(?)!

Paradoxalmente, os que deveriam defender uma política de saúde pública de qualidade, a saber os deputados e o (a) governador(a), só usam de retórica para tentar justificar, o que na prática quem sofre é o povo pobre. Muitos destes pobres maranhenses desamparados pela saúde do estado do Maranhão, vivem hoje o dilema de ter que se passarem por piauiense para enfim, serem atendidos! Uma vergonha! Uma humilhação!

Pois bem, em ano eleitoral, o remédio que falta nos hospitais aos pobres, dá voto. O mesmo voto que serve de remédio para aqueles que, quando doentes vão buscar tratamento em São Paulo ou nos Estados Unidos, coisa distante da realidade de muitos maranhenses que morrem na fila dos hospitais por falta de atendimento médico!

Por outro lado, estes mesmos que se elegem com o voto do povo doente, são os mesmo que defendem a filosofia de quanto “pior melhor”, isso porque o melhor para eles, é o pior para o povo que, desamparado quando mais deveria ser socorrido, se torna refém das imagens que veem la do alto dos outdoors, onde a mão estendida é a mesma que lhe rouba o remédio!


Portanto, a saúde dos maranhenses, não a da governadora, está doente no Estado do Piauí, estes se “tornam piauienses”, quando deveriam continuar maranhenses, e no Maranhão merecerem todos os cuidados que uma política pública de saúde deveria dar minimamente para com os seus cidadãos!...

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