Rumo X Faveira
Gilvaldo Quinzeiro
È pênis! O juiz não marcou o pênis!....
Pois bem, o primeiro clássico que eu assisti foi entre Rumo e Faveira. Eu era pequeno, e o meu time era o Rumo no qual meu pai, diga-se de passagem, um dos melhores jogadores que já vi, jogava! Jogo duro! Muita rivalidade!.... Os jogadores desde as primeiras horas de domingo se preparavam. O café da manhã era um xibéu de farinha de puba ensopada na tigela. No almoço, “um corredor de boi”, o tutano era deixado de lado para comer bem devagarzinho, escorrendo como o tempo que antecipava o grande duelo.
O campo ficava cercado por palmeiras. Quando o jogador enfiava o pé na bola esta ia se esconder lá em cima do capoteiro, tirá-la só com uso de uma escada de bambu, ou seja, o gandula não tinha só que pegar literalmente a bola no mato, bem como, escalar o “olho de uma palmeira”, tal como se dizia por lá. Enquanto a bola não entrava em jogo, os jogadores aproveitavam para fumar um cigarro.
A torcida, esta jogava às vezes mais do que os próprios jogadores. Alguns torcedores ficavam “frescando” o goleiro adversário lhe tirando até o calção! Quando o ataque vinha, o goleiro estava amarrando o calção.... O juiz não podia fazer nada, pois cada torcedor ostentava um facão na cintura. O que tornava pelas regras do campeonato de futebol caboclo, um juiz sem autoridade nenhuma. Por outro lado, o apito que o juiz usava consistia numa “macaúba”, esta quando muito apitava, os jogadores já tinham feito mais de 5 faltas! De vez em quando alguém gritava lá da beira do campo: é pênis seu juiz!
Calma! Explico: a língua do caboclo não dava para pronunciar a palavra pênalti, além do que estes homens de boa vontade chamavam a sua genitália de “tudo”, menos de pênis! Logo, o “palavrão” pra eles era sim, pênalti!...
O gol como todo e qualquer jogo de futebol era festejado com foguetes, mas, na ausência destes, com tiro de revólver! Durante toda a semana era o papo que troava!... “Gaiamos”!...
O gol perdido, (invalidado), no entanto, este era chamado de “lambuza”, e o jogador que tivera a infelicidade de não fazê-lo, era amaldiçoado até pelas velhinhas que não puderam ir caxingando ate o campo.
Final do jogo: Rumo 2(e uma lambuza), Faveira 0!
É claro que mesmo passado tanto tempo, eu não iria dispensar uma oportunidade desta para não vencer a partida!...
E adivinhem quem foi o artilheiro?
È pênis! O juiz não marcou o pênis!....
Pois bem, o primeiro clássico que eu assisti foi entre Rumo e Faveira. Eu era pequeno, e o meu time era o Rumo no qual meu pai, diga-se de passagem, um dos melhores jogadores que já vi, jogava! Jogo duro! Muita rivalidade!.... Os jogadores desde as primeiras horas de domingo se preparavam. O café da manhã era um xibéu de farinha de puba ensopada na tigela. No almoço, “um corredor de boi”, o tutano era deixado de lado para comer bem devagarzinho, escorrendo como o tempo que antecipava o grande duelo.
O campo ficava cercado por palmeiras. Quando o jogador enfiava o pé na bola esta ia se esconder lá em cima do capoteiro, tirá-la só com uso de uma escada de bambu, ou seja, o gandula não tinha só que pegar literalmente a bola no mato, bem como, escalar o “olho de uma palmeira”, tal como se dizia por lá. Enquanto a bola não entrava em jogo, os jogadores aproveitavam para fumar um cigarro.
A torcida, esta jogava às vezes mais do que os próprios jogadores. Alguns torcedores ficavam “frescando” o goleiro adversário lhe tirando até o calção! Quando o ataque vinha, o goleiro estava amarrando o calção.... O juiz não podia fazer nada, pois cada torcedor ostentava um facão na cintura. O que tornava pelas regras do campeonato de futebol caboclo, um juiz sem autoridade nenhuma. Por outro lado, o apito que o juiz usava consistia numa “macaúba”, esta quando muito apitava, os jogadores já tinham feito mais de 5 faltas! De vez em quando alguém gritava lá da beira do campo: é pênis seu juiz!
Calma! Explico: a língua do caboclo não dava para pronunciar a palavra pênalti, além do que estes homens de boa vontade chamavam a sua genitália de “tudo”, menos de pênis! Logo, o “palavrão” pra eles era sim, pênalti!...
O gol como todo e qualquer jogo de futebol era festejado com foguetes, mas, na ausência destes, com tiro de revólver! Durante toda a semana era o papo que troava!... “Gaiamos”!...
O gol perdido, (invalidado), no entanto, este era chamado de “lambuza”, e o jogador que tivera a infelicidade de não fazê-lo, era amaldiçoado até pelas velhinhas que não puderam ir caxingando ate o campo.
Final do jogo: Rumo 2(e uma lambuza), Faveira 0!
É claro que mesmo passado tanto tempo, eu não iria dispensar uma oportunidade desta para não vencer a partida!...
E adivinhem quem foi o artilheiro?
Meu compadre Manoel Ana Vai ficar cheio de vida, com historias como está, com certeza um craque, palavra que não se pode nem comentar hoje pois virou sinônimo de violência e desajuste na família e ao redor de quem faz uso. Em relação às convocações da seleção Brasileira, da pra perceber que não estamos muito contente com a falta dos ídolos do momento ter ficado de fora, o Dunga ou alguém da CBF valorizam muito, até de mais os jogadores que são levados por time de fora ou seja, incentivando assim os nossos craques atuais a ter obrigatoriamente que sair do pais para ser valorizado, oportunidade que a maioria dos técnicos gostariam de ter a sua disposição um trio como Robinho, Neymar e Ganso, entre os lobistas acho que ta faltando a força do torcedor brasileiro fazer valer sua vontade, embora saber que na maioria das vezes que o torcedor tem toda confiança não significou trazer o titulo, mas seria pra corrigir injustiça, sou a favor da oportunidade tem gente que já foi, assim como. Sou a favor que os veteranos deveriam também participar com sua experiência e energia, sei que não é hora de desfile de quem foi celebridade, se eu já soubesse encabeçaria um abaixo assinado eletrônico, pra tentar fazer ressuscitar o gosto do brasileiro em torcer pela nossa seleção, quanto mais gente nessas horas, unidos assumindo os resultados até mesmo a derrota tem outro gosto. Parabéns pelas historias... Fui. Marcos Nascimento
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