Gilvaldo Quinzeiro Quando o Egito antigo abrir as portas para o hoje que nos apressa em esquecer tudo do passado, para só ao “presente” pertencer, então já não mais seremos de pedras que nos perpetuou a face, mas apenas de sorvete que nos envelhece para daqui a alguns segundos outras faces ter. Sem duvida nenhuma, a pressa de pertencer ao presente que, como sorvete se derrete saborosamente das nossas mãos, este, de fato só nos "desfaceliza". Ou seja, o presente não tem face, se a tivesse, seria a nossa, porém, é da nossa que esquecemos quando, atordoados pertencemos ao presente. Pertinência, uma palavra tão bem falada, porém, sem efeito prático nenhum na volatilidade do presente. Ora, como pertencer a alguma coisa, se de tudo nos afastamos para viver aquilo que apenas nos diz respeito, a saber, as especificidades? O pertencimento, não é outra coisa, senão também se encontrar presente na mais antiga argila esculpida. Nesta, encontraremos no mínimo a face que aos...