A síndrome do “fim do mundo” e os nossos Judas de cada dia
Gilvaldo Quinzeiro
Se a nossa civilização se erigiu galgada no
sentimento de culpa, então Judas é o nosso alívio. Aliás, diga-se, sem Judas seríamos
“as moscas” em nossa própria carne!...
Mas, a questão que eu quero levantar é outra, a
saber, com a síndrome do “fim do mundo” se não tivermos a ajuda de um “Judas”
como as nossas culpas serão aliviadas? Ora, a escalada das ações extremistas e
fundamentalistas em todas as partes do mundo, inclusive no Brasil, não seriam
já a busca para o alívio das nossas “cruzes”, isto é, a necessidade de
encontrarmos os culpados?
Um detalhe interessante: será mais confortante para quem
atirar da última pedra, pois, este, no mínimo teve tempo para não ter sido o
primeiro. Em outras palavras, Judas está para todos nós, assim como a civilização
está para Judas!
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