O homem, um peregrino entre as estrelas, e um desconhecido dentro de si para o assombro do outro que nos criou ?
Por Gilvaldo Quinzeiro
O homem, a despeito do que este pensa ser, é único entre
todos os seres a ter consciência de uma verdade assustadora: a que sabe que
nada sabe sobre si mesmo.
Mas assustador por quê? Ora, o homem não passa de um peregrino
entre as estrelas, conquanto, acredita ser a mais elevada das criaturas.
Pois bem, o sol a
mais próxima destas estrelas, não obstante, o seu “clarão” de cegar os olhos,
nos é ainda tão obscuro, quanto o somos pra e em nós
mesmos.
Outra coisa
assombrosa: somos a criatura que o outro criou de si para não lhes parecermos
tão assustador. E nós, somos o quê pra nós mesmos sem o “outro” que nos fez ser
seu semelhante, ao menos para aliviar
seus temores?
Complexo tal assunto, não?
Portanto, rezemos para que os fantasmas que nos perseguem
sejam ao menos semelhantes às faces que pensamos ser as nossas.
No mais tudo são estrelas nas minúsculas partes das quais
também somos feitos.
Ao menos nisso, entretanto, vale apenas pertencer ao outro que neste caso, verdadeiramente, também
nos é tão e infinitamente assustador!
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