Seus filhos da mãe peçam ao menos desculpas!




Por Gilvaldo Quinzeiro



A mãe é antes de tudo, um arquétipo, portanto, seu significado vai além da simples ideia que pensamos que seja. E assim sendo, “mãe” pode ser identificado em muitas culturas, como a natureza, a terra, enfim, elementos cujos significados extrapolam o conceito que temos hoje. Aliás, o que é “mãe” hoje?

Mas de que  “mãe”  está nos falando a propaganda dos bonitos  comerciais? Da minha? Da sua? Claro que não. Esta mãe por incrível que pareça, não é aquela cujos seios amamentem ninguém, exceto, os desejos outros.

Contudo, não é por isso que você agora vai desistir de comprar presente para a sua mãe. Mas pensando bem, o melhor presente é  “atenção”, coisa que o mercado também quer, não para a sua mãe (muito menos para a minha) e sim, para os produtos expostos nas vitrines.

Esta é a grande novidade, digo, “a grande mãe” dos tempos de hoje (que também começa com M), a saber, a Mercadoria. Desta quem não é órfão, e ainda assim, dela não tira a atenção um instante sequer?

Ora, o exposto acima nos leva uma pergunta inevitável:  e quanto aos filhos desta “mãe tão presente” como são? Quem são? Que tipos de filhos terão?

Esta questão poderia nos prender o tempo todo. Aliás, ela contem tudo sobre nós, incluse do porquê do nosso não “amadurecer” e como  a adolescência  se esticou tanto chegando ate aos nossos pais. Entretanto, é bom que cada um a responda, isso sem duvida será um grande exercício, logo, implicará também num “desmame” ainda que momentâneo.

Mas voltando a falar da Mãe - da mulher, humana e guerreira (quase ia me esquecendo,  como muitos)  -  que pena! Quantas estão “realmente” num canto esquecidas!

Para estas, inclusive para a minha, as minhas desculpas pela grosseira falta de atenção!

Feliz Dia das Mães!




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