Quando a eterna busca pela perfeição se engancha em nossos defeitos.
Por Gilvaldo
Quinzeiro
Ontem fui parado no meio da rua por um grupo de
estudantes universitários ( do curso de Direito) que me pediu à queima roupa, a minha opinião a respeito do
casamento entre duas pessoas do mesmo sexo. Ora, falei de início: - este tema é muito complexo, e não deve ser simplificado
apenas por um “sim” ou por um “não”. É preciso, pois, uma discussão mais
séria e profunda (...).
Pois, bem, vou me aventurar a fazer algumas colocações
sobre este tema, agora, mais a vontade. Mas isso não significa dizer, porém, que
seja algo fácil, pelo contrário, é sim, e continuará sendo difícil, sério e
complexo! Vejamos então:
Primeiro,
fazer esta discussão apenas no âmbito jurídico é tomar uma decisão ás cegas.
Segundo,
esta discussão precisa ser ampliada, para, o âmbito, antropológico, filosófico,
sociológico, e psicológico.
Terceiro,
cabe a meu ver uma pergunta inicial, a saber, na complexidade dos nossos dias, “o homem é ainda homem?” . Tenho dúvida que
não mais o seja!
Quarto, estamos
enfim, discutindo este tema tão humano, e, portanto tão dolorido, apenas com “as
genitálias”? Aliás, o que são estas ou, se já
não as substituímos por outras coisas ?
Quinto,
estamos levando em conta a natureza humana e seus obscuros conflitos, ou apenas
cedendo às pressões de natureza midiáticas?
Sexto, não
devemos confundir “ mídia” com sociedade, e muito menos o individuo com seu
universo pessoal.
Sétimo, e se tudo isso for apenas uma “onda” como tantas
outras que historicamente vieram e desapareceram
– quem afinal vai recorrer a quem, quando todos já estiverem surfando em outra?
Oitavo – o
casamento em si, já não foi alvo de contestação por outras gerações? O que
enfim, há de novo?
Nono
Afinal quem está se casando com quem: a imagem
que os outros têm mim ou a que eu
gostaria que tivesse?
Décimo , a
dor humana, ao menos esta, em quaisquer que sejam, as mudanças também humanas,
nos tornará igualmente humanos.
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