Os sapos e as serpentes da nossa política, e a falta de caxiensidade: Uma reflexão outra – em grego!


Por Gilvaldo Quinzeiro


A política, sobretudo, a local, digo, a caxiense, nunca esteve tão a serviço de interesses de um pequeno grupo, como, e por isso mesmo, a que agora deixa a cidade ao léu. A polis, a cidade ( em grego), nome do qual se deriva a palavra política, bem como a sua razão de ser, isto é, de discutir e representar os interesses da cidade (polis) -, é vista hoje, não como os gregos, mas como um outro povo também  da antiguidade a via – estou falando dos assírios. 

Ora, os assírios, viam as cidades apenas como alvo de guerra a ser conquistado, para depois, se apoderarem dos seus bens. 

Pois bem, o que de políticas públicas, isto é, para o bem da cidade, digo de Caxias, bem como para o seu povo, tem feito a atual e as administrações anteriores, senão aquelas em que contemplam antes de tudo, os interesses de seus apadrinhados políticos?

O povo nunca esteve tão órfão de representação, ainda que, paradoxalmente, é deste que emana o poder de quem ora o exercesse. Caxias,  uma cidade com tantas tradições, que seja, na história, na literatura, na cultura popular e até mesmo na filosofia, e ainda assim,  sua elite política não faz jus as suas tradições. Pelo contrário, nunca tivemos uma elite política tão despida, daquilo que vou chamar de “caxiensidade”!

Pois bem, em se falando, de tradições e outras coisas que tais, quem foi um dos idealizadores da Bandeira Nacional? O caxiense Raimundo Teixeira Mendes. O que tem Caxias erguido sobre sua memória? Nada. Aliás, por falar em memória, em nome de quem se mudou o nome das ruas já consagradas, seja histórica, seja afetivamente pelos seus moradores? Ora, bolas, para não me alongar, Caxias é única cidade cuja data de aniversário – 05 de julho – não é comemorada. O que dizer ou esperar mais daqueles que foram “democraticamente” eleitos pelo voto popular?
Portanto, que tipo de classe política  tivemos e temos agora no poder?

Enfim, os que estão hoje  a se empanturrar, “ com a coisa pública”, são os mesmos a alimentar o caos e a barbárie. Uma pena, nos faltar a Política – aquela que seria a antítese para a atual – esta em que só nos gesta “sapos e serpentes”.

Por fim, hoje não somos nem espartanos, e muito menos atenienses, somos sim, as vacas soltas pelas ruas desta cidade a espera, se não do cabresto, mas certamente dos currais!


A vitória é  dos sofistas – estes que nos empurram tudo de goela abaixo: a República, só a de Platão.






 

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