Apodi: ai de ti sem os teus jumentos, neste Dia que é da Terra!
Por Gilvaldo Quinzeiro
Neste dia 22 de abril, Dia da Terra, quando há
poucos dias foi noticiado a descoberta de um planeta habitável, não podemos,
como diz um velho e sábio ditado popular: “trocar o amor velho pelo novo”. Ou
seja, abandonar a Terra por uma outra que nem sequer nossos olhos alcançam.
Ainda bem! Do mesmo modo, não deve o Nordeste abandonar os jumentos em cujos
lombos foram erguida toda esta região, quando por aqui não se tinha “perna
alguma”!
Apodi: ai de ti sem teus jumentos! Apodi: ai de ti
com teus homens se alimentando da carne do mais velho dos teus irmãos – o jumento!
Pois bem, “o progresso” tem feito o homem abandonar
os seus mais antigos amigos – indispensáveis em outros tempos – o cão e o gato
todos abandonados pelas ruas das grandes, médias e pequenas cidades. Não
bastasse isso, o Nordeste vivi um conflito dos mais brabos dos últimos tempos, pior
ao meu ver, do que todas as secas, a saber, o que fazer com os milhares de
jumentos que perambulam pelas estradas e rodovias – se deixá-los à mercê da própria
sorte, como de fato está acontecendo – se adotar uma medida em que outros
tempos jamais seria cogitada, isto é, comer a carne do próprio jumento!
Apodi: ai de ti com teus pratos de jumentos!
Ôxente! Que diabo é isso? Pois é, se tivéssemos
agora de embarcar na “nova arca de Noé” em direção a Kepler-186f, o planeta recém-descoberto
com condições teoricamente semelhante as da Terra – teríamos que superlotá-la
de “bugigangas”, ao invés de animais?
Animais! Que bicho é este que já não somos com
tantos homens de plásticos?
O que é a Terra neste dia que lhe é dedicado,
enquanto ao longo de todos os outros dias do ano, fazemos de conta que nem temos
planeta?
Kepler-186f: ai de ti com a chegada dos homens sem
seus jumentos!
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