O olhar perdido: a nossa “Pedra de Roseta”!
Por Gilvaldo
Quinzeiro
O olhar perdido! Por que será que o lindo rosto
estampado nos outdoors a despeito de
nossos olhos colados nele, o seu olhar é pra ninguém? Se fosse uma mera
propaganda, tudo bem! Ocorre, no entanto, que “o olhar perdido” é um sinal de
que já não temos mais o que contemplar! Estamos no “fundo do poço
civilizatório”? É possível que sim! E mais do que isso, a civilização de fato
pode estar completamente perdida?
Neste texto vamos explorar o olhar como a nossa
“Pedra de Roseta” ainda não decifrada. Ou seja, “o olhar perdido” pode
significar o fracasso da civilização atual!
Pois bem, olhar no fundo do olho do outro não é para
qualquer um. Parece que a espécie humana sempre temeu olhar nos olhos do outro
semelhante. Talvez um resquício de quando os olhos e a boca eram uma coisa só,
ou seja, arregalar os olhos poderia significar já está sendo engolido!
É assustador como os jovens de hoje, mesmo estando
na mesma “roda de amigos”, não mais se olham; não conversam entre si, pois, os
seus olhos estão “colados nos seus celulares”. A vida parece estar mergulhada
num poço sem fim – para o qual está voltado nosso olhar?
Contra que tipo de males podemos nos prevenir,
quando “o olhar perdido” é um dos seus sintomas? É possível que a resposta a
esta questão nos leve a nos deparar com feridas das quais a civilização nunca
se curou!
Portanto, o olhar é a nossa “Pedra de Roseta”! A
questão é saber em que “língua morta” se encontra viva a sua expressão?
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