As nervuras do tempo. De um tempo onde as coisas estão sempre verdes: como enfim provar do doce se azedo é a sua completude?
Por Gilvaldo Quinzeiro
O Brazil parece
se assustar com o Brasil que sai as ruas
para ganhar o mundo; o mundo que agora chega ao Brasil, na mesma época que em o
Brazil quer muito se parecer com o mundo; o mesmo mundo que por muito tempo ficava
distante do Brasil. Complexo,
não?
Pois bem, o que nos falam as manifestações de ruas que
estão acontecendo nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e outras capitais?
Quem são e o que querem os seus manifestantes? Estamos diante de “uma primavera
brasileira”? Ou apenas estamos diante dos “olhos” dos olhos cujo olhar revela
tão somente a nossa cegueira?
Ora, tais manifestações a meu ver revelam a “nervura” do
nosso tempo, mas não necessariamente a compreensão da sua completude, posto que, seu estado é “verde”. Aliás, o não amadurecer
tem sido a marca do nosso tempo – o tempo onde as coisas maduras têm o significado do apodrecer!
Vivemos, portanto, tempos tão contraditórios: o manifestante que reivindica é o mesmo
depreda; a polícia que protege é a mesma que causa insegurança; o político que
ordena a policia é o mesmo que tira o seu da reta... E assim, quem é quem no
tempo em que todos só querem “aparecer
bem” na fita?
Por falar em fita, nem mesmo os jornalistas escaparam
ilesos nas tais manifestações. Um, por
pouco não perdeu o olho – logo o olho – que coincidência desta arma
certeira!...
Enfim, os nossos olhos daqui a poucos estarão colados no
estádio Mané Garrincha: ainda bem que os nossos adversários nos parece sempre
estarem de olhos fechados! Será?
Ainda é verde para se antecipar ao azul que também é uma
das cores da nossa seleção que fica mais bonita
quando de amarelo!
Nervoso?
Por enquanto só falei da nervura!
Desculpa, se não fui doce!...
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