O homem e seus sentidos, uma breve reflexão sobre quando o cheiro das rosas é o nosso!
Por Gilvaldo Quinzeiro
O homem não se acaba porque morre, antes fosse assim, mas
de fato o homem só se acaba porque não “viveu”
antes de morrer. Isso sim é uma “facada” – passar pela vida sabendo que marcha
rumo à morte, e ainda assim, não viver momento algum da própria vida!
O que então a vida? O que é então a morte? Nada além do
sentido que acrescentamos a ambos.
Em outras palavras, qual o sentido da realidade para o
homem, se nesta mesma realidade o homem não lhe desse o sentido?
Contudo, isso não significa dizer, que o sentido que o homem acrescenta a realidade, seja de fato “a realidade”.
Pois bem, isso tudo é assombroso: o homem que não passa
de mais um “peixe” fisgado pela correnteza da realidade, acreditar que está no
lugar onde possa dá “sentido” a mesma realidade para a qual o homem não tem
sentido algum.
Ora, o homem é apenas um péssimo pescador, que se deixa
ser fisgado pela própria isca. E sua grande pescaria corresponde apenas em
imaginar o peixe pescado!
O exposto acima é apenas um o sentido introdutório para o
ponto seguinte: imagine dois amantes a visitar pela segunda vez, depois de ter
se passado muito tempo, do primeiro
encontro, o mesmo jardim. Ora, a beleza e o perfume das flores dependem tão
somente do
quanto à paixão do primeiro beijo ainda estiver presente em ambos.
Portanto, a morte é a isca que fisga o homem, quando, este mesmo passando uma vida de frente para o mar, porém, assim como o peixe, morre pela boca, quando todo o azul do mar é abocanhado pela sua fome daquele!
Então qual o sentido das flores, hoje de mão em mão a
fazer das ruas os seus jardins?
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