O ilusório e a paixão, eis os engenhos que nos salvam da condição de bagaços!

Por Gilvaldo Quinzeiro



Sem o ilusório em que nos “sustentamos”, estaríamos reduzidos  apenas a carne e aos   ossos, e o  mundo a nossa volta, a máquina que  nos  tritura. Eis, o dilema da condição humana, a saber, a realidade é o que nos devora, porém, o que nos conforta, contudo, é da ordem que em nada se finca – o ilusório.

Ora, o homem é o engenho de si mesmo, se não fosse assim, como se ver na condição real de ser apenas “o bagaço”?

Que bem nos faz  “a garapa” que fazemos da nossa tão triturada vida?

Portanto, cabe-nos refletir um pouco mais sobre a ilusão, esta que é a face mais humana entre aquelas  que amplifica as demais.  E falar de ilusão, sem se referir  a  paixão, o mais intrincado de todos os engenhos, é perder de vista o “doce” cuja natureza é amarga!...

A paixão é o que nos arremessa para além de todos os pântanos e desertos, para, nos encontrarmos tão somente com  a face que a nossa é quem   acrescenta. Que coisa, não?

Sim. É o ilusório. É disso que estamos falando. Quão se faz substancialmente necessário ascender à condição do ilusório sob pena de não passarmos de meras lagartixas nas areias escaldantes!

Então a paixão faz sim muita diferença naquilo que só ela edifica. O contrário, porém, também é verdadeiro, tudo é tão diferente quanto o  edificado.

Em outras palavras, estamos todos de alguma forma, “fritos”, mas o ilusório e a paixão nos acrescentam tão somente o  tempero!...

Hum! Hum!

Que gostoso, não?

Apaixone-se, pois!...






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