O homem e sua alma: como alcançá-la de bunda no chão?



Por Gilvaldo Quinzeiro



Engatinhar em busca da própria alma, eis o significado da longa  caminhada humana. Nesta caminhada, entretanto, diga-se de passagem, que não estamos nem sequer  nos sentando. Então, aquele que chamamos de “adulto”, na sua essência, não passa de uma criança arrastando a bunda no chão.

Dito com outras palavras, existir é se afundar nalguma coisa pela qual vamos estar sempre engatinhando. Contudo, se se “apoderar” da própria alma é algo da condição de se ficar de pé, então, se  esta  de fato  existir há de ser por conta própria, posto que, poucos são os conseguem ficar ao menos de joelhos!

Ora, a cultura popular resolve esta questão de uma forma definitiva, mas, metafórica: a criança é um “anjo”, logo, se estamos ainda “engatinhando”, ao menos nisso, ganhamos o que, talvez, em outras condições, nunca vamos pôr as mãos!

Que caminhada esta nossa, não?

Quando, enfim, vamos alcançar a própria alma?

Bilú! Bilú!!



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