O ovo, o pinto e a realidade: como enfim alertar aos jovens da existência das arapucas e das raposas?

Por Gilvaldo Quinzeiro



O ovo: a mais ou menos duas décadas, o Brasil era apenas o ovo - um longo esperar diante, às vezes, de falsas expectativas. Neste interim, é claro, alguns batiam no peito como se fosse o dono do galinheiro. Eis então, que de repente, para surpresa de muitos, o ovo eclode, e com este ato – nasce o pinto!

O pinto: desta ninhada nunca se viu algo mais estranho: os jovens, enfim, dão às caras, como se de repente, saíssem “do nada”, e tomam o terreiro e, pasmem, as suas adjacências!...

A realidade: é aqui onde  os pintos, alguns já bem “calçudos”, outros a provar o mundo com as primeiras beliscadas  -,  precisam urgentemente  aprender que para além de tudo que se pensa ser,  existem as “arapucas e as raposas”.

Em outras palavras, uma só palavra: tudo enfim tem limite! Não se deve, pois, com uma  mão que se ergue a bandeira, e  com a outra rasga-la. Estes  São gestos absolutamente antagônicos!

Pois bem, é neste ponto que eu gostaria de chamar atenção. Ora, a mesma realidade que absorve o ovo, não só existiu antes deste, como poderá espantosamente abocanhar o seu fruto, a saber, o pinto.

Neste sentido, os manifestantes precisam ficar atentos para o seguinte:

Primeiro: o recuo da policia é estratégico, e como tal a tentativa de afrouxar a sua ação, não passa de uma arapuca, ou seja, deixar que os “pintos” se biquem e se compliquem. Ora, o movimento está claramente dividido, entre os pacifistas e os baderneiros. É possível, se não for feito uma leitura adequada que ambos passarão para o confronto direto em plena rua. Lembre-se: a arapuca já está armada!

Segundo: a estratégia da policia é  também  jogar a população contra os manifestantes. Então, “senhores pintos” dá para vislumbrar a sombra das raposas?

Contudo, como diz o velho ditado: é quebrando a cara que se aprende, então que se comece a tirar as primeiras  lições!

Piu piu!


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