O ataque da mão – a outra! Eis uma breve reflexão sobre a violência que não se disfarça.


Por Gilvaldo Quinzeiro

 

Não há, pois, como disfarçar, a violência tem sim uma face, as nossas - especialmente as que não assumimos – eis a questão.

 Portanto, diante da violência, estamos sempre de frente com aquilo que é uma velha conhecida: o novo constitui-se apena na nossa reação, tardia, diga-se de passagem...

Um morador de rua; um viciado; um homem com transtorno mental ou o que quer seja, invade uma residência, e do nada empunha uma faca e mata uma jovem estudante, como se esta fosse a “culpada” pelo seus transtornos.

O que isso tem a ver comigo, com você e com todos nós? Tudo! Este caso nos coloca todos com as “tripas” de fora – amanhã quem será a próxima vítima?

E quanto as autoridades, estas não têm responsabilidade alguma? A resposta é uma outra pergunta: e temos “autoridades públicas”?  Não. Não temos, estas estão investidas de poder, usado tão somente em benefícios próprios!

A violência é apenas um sintoma de uma causa mais complexa, a saber, as células, os tecidos e órgãos que constituem o “corpo social”, estão podres. Em outras palavras, não há como negar que somos todos “zumbis”!

Com a chegada do final do ano, onde o consumir, o exibir-se com as mãos cheias de coisas, sobrepõe ao espirito de Natal, é ao mesmo tempo, a isca para os assaltos, os arrastões e outros “ões” que já viraram marcas do cotidiano.

A violência é o ataque da outra mão – aquela que poderia ser a nossa, e que de alguma forma se transformou na que decepa a que escondemos no bolso.

Quão complexo, não?

E quanto a sua solução:  virá simplesmente das burocracia dos gabinetes governamentais, onde as mãos são usadas apenas para coçar aquilo que na violência brutal, sentamos em cima?

Enfim, nos falta realmente uma “outra” mão – aquela que a nossa esperteza secou!...

 

 

 

 

 

 

 

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