As três trempes que nos sustentam para um só fogo: o da realidade que nos apaga
Por Gilvaldo Quinzeiro
O texto a seguir falará das “trempes das coisas” pelas quais nos
sapecamos – as que somos
verdadeiramente, mas que nos queimaríamos vivos
se assumíssemos ; as que pensamos que somos e, nem com a fumaça
chegaremos lá; as que certamente todos nós seremos um dia, ainda que só às cinzas.
Estou me referindo
destes três dias, em que comemoramos com três faces diferentes, a saber, ontem, dia de todas as bruxas; hoje, o dia de todos os santos, amanhã, dia de todos
os finados.
Para quem não sabe a realidade, sobretudo a humana, é
fincada em três trempes. Exemplo, as três pessoas da santíssima trindade; três
dias depois da sua morte, Jesus ressuscitou; o bebê ao nascer, é parte
integrante de um “triangulo amoroso – o pai, a mãe e o filho. E pasmem, ninguém vai à cama fazer amor sem
que não esteja presente uma “terceira pessoa” – aquela sem a qual a segunda, não
nos seria tão desejável.
Ora, Freud certamente ralou triplamente para chegar a conclusão
de que o sujeito é constituído de três:
o Ego, o Superego e o Ide. É claro que, para além disso, também podemos ser,
porém, só que uma outra realidade, e
para não complicar mais a coisa, não falaremos sobre isso.
Mas, voltando aos três dias – o das bruxas, o de todos os
santos e o de todos os finados. Dá para
visualizar três mãos estranhas lutando pela mesma vela? Não? Então conte até
três!
Viu?
- Então não foi a três!
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