O que nos civiliza, quando toda a carne já é esfolada?
Por Gilvaldo
Quinzeiro
Sem a disciplina
que nos civiliza do que nos servirão os esfíncteres? Esta questão nos fará a refletir
no quanto a sociedade atual corre perigo com a atual geração que não só aprendeu
a nunca ouvir “não”, como a sua reação a este, se tornou pena de morte!
Ontem,
segunda-feira, dia 11, uma aluna de 15 anos, recebeu vários cortes no rosto de
uma outra estudante de 17 anos, com uma lâmina de barbear, numa escola do Rio
de Janeiro, depois que a primeira “curtiu” uma frase postada pela segunda no Facebook.
“Uma frase”! “Uma curtida”!
Este fato,
nos revela que as “feridas” podem ser cravadas facilmente até com o piscar de
olho, o que nos prova, porém, que já não temos pele, mas apenas “carne viva”. Ora,
isso significa dizer, com outras palavras, que já perdemos o controle dos esfíncteres,
logo, toda “merda” é nossa, ainda que se possa fazer mais questão pela do
outro!
Esta
discussão levanta uma velha questão:
qual o papel da educação na atual sociedade, quando o da família há
muito tempo não “colou”? Que “sujeito”
emerge do mundo sem suas bordas?
A resposta
é: o sujeito esfolado! E isso implica dizer que as condições de seus limites,
não são outras, senão o da própria carne crua!
Portanto,
quanto mais “sim”, mais carnes feridas. Contudo, como estas já estão expostas demais,
em vão serão todos os esforços para cicatrizá-las!
Que hajam
facas secas e olhos abertos!
Sim?
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