Gol de felicidade!


Por Gilvaldo Quinzeiro

 

A felicidade e o drible da vaca, quem não pensou ser feliz, sem se dá conta de que a bola sempre passou ao lado, e do outro, nós correndo à esmo?

Que furada!

Diz um velho ditado que futebol e política não se discutem. A “felicidade” do outro, também não, ou seja, cada um é feliz pelo time que torce. Do contrário, por que então gritar gol?

O que dizer do goleiro, tão discreto, quanto tão solitário debaixo dos “três paus”? É aqui onde a sua desgraça é a felicidade dos outros!

O que dizer o do artilheiro em final de carreira?  Suas pernas já cansadas, contrastam com o anseio da torcida no apagar das luzes: “filho de uma puta, pede pra ir ao banheiro e sai”!

Que dor!

Difícil ser feliz sem se sentir culpado?

 Já pensou no exato momento do artilheiro bater o pênalti, e de repente, este for acometido de um sentimento de culpa, e colocar a pelota lá para as arquibancadas?

É impossível ser apenas feliz!

Mas voltando ao “drible da vaca”, infeliz do jogador que o leva. Já a felicidade de quem o deu, é imensurável!

Que pernas certas, as pernas tortas do Garrincha na hora de entortar os adversários com um majestoso drible!

Viva a torcida nossa pela felicidade, ainda que já dando o campeonato como perdido!

É gol!

Viva?

 

 

 

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