Sem paixão, o amor é como uma lamparina

Gilvaldo Quinzeiro


A natureza que sustenta o amor é pantanosa, e como tal, os olhos que brilham do outro lado nas noites de breu, podem pertencer a um jacaré. Por isso, nem os pés e nem as mãos atoladas de vez; nem a boca toda faminta; nem a pele toda despida – o melhor seria acampar em torno de si mesmo em noite de grandes fogueiras!

O amor é, pois, uma passagem arriscada, às vezes até uma armadilha, disso todos nós sabemos. Mas, sem a paixão, que torna o amor em “água e fogo”, não há nenhuma travessia: nem dos pântanos, e muito menos dos desertos!

Apaixone-se, pois, ainda que por si mesmo, quando tudo lhe parecer frio demais para se mexer!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A roda grande passando pela pequena

Os xukurú, e a roda grande por dentro da pequena...

Medicina cabocla