O Brasil sob os olhos dos Estados Unidos: ficamos cegos ou nus? Uma breve reflexão sobre o sonambulismo das faces



Por Gilvaldo Quinzeiro


O que antes eram  apenas  especulações, agora não só ficou evidente como se  aprofundou: os Estados Unidos montaram uma base de espionagem em Brasília, é o que revela a reportagem do jornal O Globo. E mais, tal espionagem é estendida a vários países da América-Latina.

O que viram? O que ouviram? O que querem? Por que os olhos dos Estados Unidos se voltaram para o Brasil?
AS FACES
Estarão estes olhos por trás da “primavera brasileira” ou de outras que tais? Serão apenas coincidências? Como explicar um movimento apenas de “faces” e nenhuma “cabeça”?

Eis a complexidade do mundo, das suas relações e dos seus interesses. Um fato é verdadeiro: vivemos numa época cuja égide é os próprios olhos, e como estes se alimentam de tudo o que ver,  fazer a digestão não só leva tempo, como se  faz necessário  um  estômago de aço.

Mas quanto as manifestações que tomaram  conta das ruas das cidades brasileiras: já cumpriram seus objetivos? Se acomodaram? Ficaram cegas diante dos olhos que de nós escapuliram?  De fato  despertamos ou,  tudo não passou de um sonambulismo cujas faces foram usadas por quem quis ocultar suas cabeças?
A COMPLEXIDADE
Tenho  chamado atenção reiteradas vezes  para o quanto é complexo a realidade dos nossos dias. Seja no aspecto político, econômico, social, individual e principalmente no psicológico. E digo mais, não se engane: “o mundo acabou” -  ao menos o mundo alcançado pelas nossas palavras! O de agora, conquanto,  em frente aos nossos olhos, diga-se de passagem, esbugalhados, mas deste já não fazemos mais parte, senão na condição de seus resíduos.

                                                                     A  PASSOS DO CURUPIRA
Em tal complexidade, quem afinal, se arrisca a dá os primeiros passos? Claro que os passos da história neste momento, não são outros, senão os do curupira! Ou seja, ninguém tem a certeza se estamos avançando ou retrocedendo. Então, pelo sim, ou pelo não, o melhor é ficar sentado?

Ora, se na altura do campeonato, só temos “olhos”,  e nenhuma “cabeça”, que tal começarmos  a coçar ao menos as partes que nos levam ao chão?







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