O homem e suas alegorias
Por Gilvaldo Quinzeiro
O homem é a mais convincente de todas as metáforas. Contudo,
e por isso mesmo, significa dizer, que o
homem é também “uma coisa em si”, logo, paradoxalmente é da ordem que palavra
não alcança.
Portanto, o
homem enquanto metáfora de si se constitui apenas no rio, já o homem enquanto, “a
coisa em si”, é o mar no qual o rio se afunda.
Ora, estou consciente de que o dito acima é assombroso! Mas, o que é mais assombroso,
senão se constituir no “ bicho que corre atrás de si mesmo”?
Pois bem, se o homem é uma “coisa”, e a palavra, a
sua “mascara” então, o ato de
representar esta coisa que nos escapa se
constitui na mais viva obra de Willian Shakespeare.
“Ser ou não ser, eis a questão”?
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