A corrupção brasileira ganhou status de religião?


Por Gilvaldo Quinzeiro

 

O peixe. Um certo pescador foi convidado  a pescar “homens” ao invés de peixes.  Isso historicamente falando, não faz tanto tempo assim, e do ponto de vista espiritual, foi hoje pela manhã.  Todavia,   de lá para cá alguns rios e mares secaram. E muitos barcos encalharam nas areias dos desertos... As “redes” de hoje, entretanto,  não pescam mais nem peixe, e muito menos, homens!  Tudo é só isca – e das bocas – amém!

Eh Pedro que seca é  esta, senão a de homens! No Brasil então...  É só o que nos abunda!...

Pois bem, nada mais poderoso e organizado do que a corrupção brasileira. Não há como negar que esta, digo, a corrupção  se transformou numa espécie de religião. Para seus fundamentos há também “sacrifícios”, e de sangue, diga-se de passagem. O caso dos   mais de cem  bebês mortos na maternidade de Caxias, por exemplo, é suficiente para alimentar os “novos deuses” por uma longa vida!

Amém?

Em se tratando das estruturas antropológicas  da nossa corrupção, digo que,  o Absolutismo, por exemplo,  conquanto, justificado pela teoria do direito divino dos reis, não sobreviveu o despertar da razão, provando assim,  que para a História, nada é eterno. Todavia, a corrupção que reina absoluta no Brasil, não só desafia os princípios históricos, como adquire o status, repito,   de   uma espécie de “nova religião”! Tudo feito  em nome do Pai de alguma coisa!

Desse modo, não é Pedro, o discípulo mais indicado para esta ocasião, nem mesmo Judas, e sim Tomé. Em outras palavras, é preciso  “desacreditar” nas doutrinas que escolheram  a corrupção como forma religiosamente de vida.

Precisamos, portanto, nos tornar hereges. E proclamar o fim do reinado dos “deuses” da nossa política corrupta. Contudo,  não adianta pensar que a corrupção a ser combatida é apenas de âmbito federal!  No município, Caxias, infelizmente, é um bom exemplo, é onde a corrupção se comporta como uma “seita” – secreta, em pequenos grupos, porém, mortalmente eficaz!

Que  sejam bem-vindos os “messias” para esta missão ou por enquanto só os seus profetas?

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