E quando "aquilo" do Deputado for maior do que o nosso?
Por Gilvaldo Quinzeiro
A falocracia. Se o discurso esfolado do Deputado Federal
Jair Bolsonaro (PP), feito na tribuna da Camara, gritando que “não estupraria”
a Deputada Maria do Rosário (PT), porque ela “não merece”, ganhar eco, então o
contexto político brasileiro passará a ser realmente “duro”!
Veja a que ponto chegamos? Como se não bastasse a vala
comum da corrupção, onde enterramos a nossa vergonha, agora, um “estuprador” às soltas a procura de quem
merece ser por ele estuprado?
Mas Bolsonaro não se deu por calado ou por satisfeito. Em
recente entrevista concedida ao jornal Zero Hora ele se justifica: “ ela não merece porque ela é muito ruim, porque ela é
muito feia. Não faz meu gênero. Jamais a estupraria”.
A intolerância, sem dúvida alguma, tem sido a face desses
nossos dias. Isso é a prova que neste tempo todo usávamos máscaras, e agora,
estas caiem. Um dos sintomas presente neste contexto, é a ineficácia das palavras
e o uso do corpo como “bola da vez”.
A fala de Bolsonaro foi um chute em seus próprios cunhões.
Talvez assim, e somente assim, este sinta que os seus não são tão grandes,
quanto pensava que fossem!...
Que pena?
O rabo desta complexa realidade parece não ter ponta.
Contudo, engana quem pensa que tem o controle da sua cabeça.
O Brasil precisa acordar para ouvir melhor a sua própria
voz. Há muitos fantasmas por ai ameaçando com isso ou aquilo. Outros, na
escassez de palavras, colocam “aquilo” literalmente pra fora!
Portanto, “ficar de 4” parece não ser a posição mais adequada
esperando “o bicho” que está vindo por ai!
Um bom sábado a todos!
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