E se a Tentação de Cristo ocorresse nos "desertos de hoje"?
Por Gilvaldo Quinzeiro
Os desertos não sentem sede. Nem a solidão é a sua fonte
que verdeja. Os desertos são apenas um
lugar de peleja - um encontro consigo
mesmo – o mais gritante dos desertos!
Você já foi ao encontro do seu deserto hoje, amigo?
Muito do nosso interesse pelos desertos nos vem das
narrativas bíblicas. Entre estas, a mais famosa, “a Tentação de Cristo”. Esta a
meu ver é uma das mais emblemáticas passagens bíblicas: Jesus, o diabo e o
deserto – que encontro poderia ser mais significante do que este?
Chamo este encontro de significante não pelas “tentações”
em si, mas, sobretudo, porque nos afunda na condição humana. E se tal encontro
tivesse acontecido nos dias de hoje quem estaria mudado: Jesus? O diabo? Ou os
desertos?
Bem, seja qual for a sua resposta meu caro leitor, mas,
de imediato eu levanto mais outra indagação: e se a “Tentação de Cristo” tivesse ocorrido nos dias de hoje, que diabo não teria
compartilhado-a em seu wahtsApps?
Pois bem, caro leitor, somos tentados a dizer que os “nossos desertos” são outros; os motivos
das nossas orações também – estes as vezes são tão fúteis, contudo, por eles ajoelhamos!
E que o
diabo já não tem tanta dúvida de
como nos tentar. A preocupação dele, imagino, é saber o que fazer com tanta
alma facilmente substituída por tão
pouca coisa!
E quanto a Jesus, mais do que no passado, no presente, teria
que vir na forma de homem, pois, tal seria o seu susto com “o mar
de coisas” que nos encanta. Não de “homens”!...
Comentários
Postar um comentário