Graças aos olhos comemos de tudo?


Por Gilvaldo Quinzeiro

 

 

A existência é como uma árvore, isto é, o que nos encanta é o que serve de alimento aos olhos, mas o que de fato nos sustenta ninguém ver, pois, é mais profundo!

 É lá no fundo, nas raízes, onde as coisas verdadeiramente se passam; aqui em cima, na superfície, ao contrário,  estamos mais preocupados com “o nó da gravata” – é isso que se ver!

Estamos presos aos olhos!  Hoje em dia então, só temos Olhos, e nada mais! Claro que nesta condição, concluímos  que  os olhos e a  boca passam a ser a mesma coisa!...

Oba?

Pois bem, retrocedendo ao “útero existencial”, antes de colocarmos os  pés no chão, todo passo foi dado com os olhos em direção à boca. Alias, parafraseando Freud, no primeiro estágio da nossa vida, “tudo é boca”, inclusive a que ver!

Os olhos como boca e esta como os olhos. Quem comia o que primeiro? Devorar o próprio dedo que consolo este, não?  Como negar que no “frigir dos ovos” fomos engolidos pela nossa própria boca?

 Eis porque adoramos pisar o mundo  a partir de qualquer janela. Só assim podemos alimentar a fome de ver mastigando os próprios pensamentos!

Sabe do por que desta fome? Porque a boca na ânsia de ver comida, fechou os olhos para alguma coisa!

A realidade. Nesta “boca” todos nós somos comida, e, pasme, de olhos  bem arregalados!

Ufa! Que fome de mim mesmo!

 

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