A violência, e nossas veias: uma reflexão para se encravar na pele!
Por Gilvaldo Quinzeiro
Nestes tempos de mãos tão ocupadas, ficar sem elas,
se tornou tão barato que há quem prefira ficar com “as coisas”! Por um simples aparelho de celular, por
exemplo, muitas mãos não valeram nem um dedo sequer! E o ditado ficou assim: “vão-se
os dedos e os celulares”!
E a pergunta que faço é: o que são as mãos sem um
aparelho de celular? O que é um celular numa mão cuja cabeça de longe nem
mensura o valor de uma vida?
Que nos venha mais destas “novidades” pelas quais
tantos corpos se partem em pedaços?
De repente, tudo se passa como se tivéssemos recém
saídos da caverna. Tudo é novidade! Contudo, só uma coisa é tão velha,
conquanto, nos soa como nova – sempre fomos “bichos” – a novidade, porém, é que
só agora estamos todos soltos!
A questão é complexa demais para ser pensada apenas
no âmbito da segurança e do jurídico. A
educação não pode ser deixada de lado, principalmente no tocante a uma coisa: a
educação, pelo menos como a que ora é concebida e aplicada em sala de aula,
também não resolverá nada!
Vivemos pois, uma “crise de civilização”. A mesma civilização
que foi erguida com a “selvageria” com que se combatia os “povos bárbaros”.
Portanto, me dói ter que falar isso: a faca nem está
completamente encravada, nós é que temos o sangue muito raso!
A violência é uma semente, e nos tempos de hoje, sua
colheita! Claro que isso tudo foi plantado por uma “racionalidade”, e que
agora, usa as ferramentas do mais profundo do Inconsciente!
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